Título
Guia da biodiversidade de fabaceae do Alto Rio Negro
Descrição
Na Amazônia destaca-se pela sua singularidade, sob todos os aspectos, a região do alto Rio Negro. Esta região representa uma fonte inesgotável de inspiração para os pesquisadores do Projeto Fronteira, pela sua exuberância biológica, fascínio da sua beleza natural, enigmática biodiversidade, pluralidade étnica, recursos hídricos intocados, minerais e genéticos. Entretanto, contrastando com esta dádiva da natureza registra-se um imenso vazio de informações científicas oriundas deste fantástico bioma. Considerando-se o seu modelo de inserção geopolítica a região do Alto Rio Negro representa uma área estratégica para o Brasil podendo a sua soberania na fronteira ser resguardada por meio da liderança na geração de conhecimentos científicos sobre a Amazônia. Impõe-se, portanto, conhecer a Amazônia como vetor do seu próprio desenvolvimento. O Projeto Fronteira por meio dos 22 projetos liderados pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA - vem contribuindo para gerar, disseminar e capacitar recursos humanos para promover o desenvolvimento da Amazônia e o Guia aqui apresentado é um dos exemplos evidentes deste sucesso.O Guia da Biodiversidade de Fabaceae do Alto Rio Negro representa um dos produtos de um conjunto de ações de pesquisadores e suas equipes que, com seriedade, abnegação e comprometimento, deram o melhor de si em prol da socialização dos conhecimentos. Esta espetacular contribuição pode ser contabilizada pela descrição de 125 espécies de Fabaceae da biodiversidade florística da Região do Alto Rio Negro. As informações abrangem áreas dos Municípios de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, testemunho do conhecimento do estado da arte de um mundo florístico simplesmente encantador, retratado pelas imagens disponibilizadas, no início do guia, acrescido dos conhecimentos científicos descritos de uma forma harmônica e criteriosa que só os detentores de uma vivência Amazônica podem nos brindar. O Guia reúne informações sobre os sinônimos relacionados com cada táxon, as coordenadas geográficas de localização das matrizes encontrados, a descrição das espécies e14do ambiente, a distribuição geográfica e o potencial de uso econômico ou ecológico de cada táxon identificado na área. Constata-se que cada espécie apresenta um comportamento ímpar e estratégico, em solos pobres em nutrientes, tanto em áreas naturais ou alteradas, como nas matas primárias de terra firme, igapós e campinaranas. A base de dados contidas no Guia revela as principais características das Fabáceas que podem ser utilizadas na recuperação de áreas degradadas, dependendo das espécies, e, outras apropriadas para sombreamento, cultivos, adubação verde, apicultura, cobertura do solo, alimentos, madeireiras, medicinais e bioindústria. As Fabaceae podem ser úteis desde que haja a hegemonia entre o manejo, a conservação e a ação antrópica, sem interferir nas relações delicadas dos organismos com o ambiente, respeitando seus ciclos e sua dinâmica. Tais informações podem subsidiar orientações às políticas públicas locais e regionais contemplando ainda a vertente socioambiental e educacional.Portanto, é com grata satisfação que parabenizo o autor pela valiosa contribuição, enquanto Projeto Fronteira. Sinto-me a vontade para recomendar e referendar o precioso Guia da biodiversidade de Fabaceae do Alto Rio Negro, a alunos, estudiosos, especialistas da área e interessados, como forma de estimular mais estudos em outros biomas, valorizando assim, os recursos naturais da Amazônia na geração de renda, inclusão social e melhoria da qualidade de vida no contexto amazônico.
Autoria
Edição
1
Ano
Páginas
118